Élder Bednar sobre o Templo de Washington D.C.: ‘Não se trata apenas deste edifício’

Uma estátua do Christus é exibida perto de membros da mídia, durante uma entrevista coletiva no Templo de Washington D.C. de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias em Kensington, Maryland, na segunda-feira, 18 de abril de 2022.
|Crédito: Jeffrey D. Allred, Deseret News
Élder Bednar sobre o Templo de Washington D.C.: ‘Não se trata apenas deste edifício’

Uma estátua do Christus é exibida perto de membros da mídia, durante uma entrevista coletiva no Templo de Washington D.C. de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias em Kensington, Maryland, na segunda-feira, 18 de abril de 2022.
|Crédito: Jeffrey D. Allred, Deseret News
KENSINGTON, Maryland — Com seus seis pináculos dourados que se estendem além do céu, acima do anel rodoviário da capital, o Templo de Washington D.C. tem sido um marco icônico nesta área no último meio século.
O edifício com cerca de 15.000 m 2 que fica em um terreno de aproximadamente 21 hectares, é revestido com mármore branco do Alabama. Locutores de rádio o usam como referência quando falam sobre o trânsito na região. Milhões de pessoas já viram o proeminente e imponente edifício, localizado a apenas 16 km do Capitólio dos Estados Unidos, no Distrito de Columbia.
No entanto, quando a imprensa se reuniu na segunda-feira, 18 de abril, para visitar o recém renovado templo, Élder David A. Bednar não se concentrou na proeminência ou estrutura do edifício.
“Esperamos que aquilo que aprenderão hoje, não seja apenas sobre este edifício, como foi construído e como foi renovado”, disse ele a representantes da imprensa local e nacional, reunidos no Centro de Visitantes do templo. “Para nós, o mais importante é como nosso coração é transformado, à medida que aprendemos sobre Deus, amamos a Deus e servimos nossos irmãos e irmãs.”
O templo, que foi o 16º da Igreja a entrar em funcionamento e o primeiro construído no leste dos Estados Unidos, foi fechado em 2018 para atualizar os sistemas mecânicos e elétricos, renovar os acabamentos e móveis, e melhorar os jardins.

Élder David A. Bednar, do Quórum dos Doze Apóstolos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e sua esposa, a irmã Susan Bednar, são entrevistados no Templo de Washington D.C. em Kensington, Maryland, na segunda-feira, 18 de abril, 2022.
Crédito: Jeffrey D. Allred, Deseret News
A renovação e rededicação do templo marcarão a primeira vez que o público poderá visitar o templo desde a sua última casa aberta, pouco antes da dedicação em 1974.
Élder Bednar e Élder Gerrit W. Gong, ambos do Quórum dos Doze Apóstolos, participaram de um evento com a imprensa, ao lado das irmãs Sharon Eubank e Reyna I. Aburto, as duas conselheiras na presidência geral da Sociedade de Socorro, e outros líderes religiosos e da comunidade.
Em entrevista exclusiva, Élder Bednar chama o Templo de Washington D.C. de ‘um lugar de luz, de paz’
Três perguntas
Durante o evento com a imprensa, Élder Bednar compartilhou três perguntas que ele esperava que servissem de base para a visitação pública.
O que é o templo? “O templo é um lugar santo e um espaço sagrado”, disse ele. “É um ponto de interseção entre nossa vida aqui na Terra e a eternidade. Um templo é uma casa de oração, uma casa de paz, uma casa de aprendizado. Um templo é a Casa do Senhor.”
O que fazemos em um templo? “Aprendemos sobre a natureza, os atributos e o caráter de Deus”, disse Élder Bednar. “Também aprendemos sobre o plano de felicidade de Deus, o poder redentor de Jesus Cristo e o propósito da vida. Fazemos promessas sagradas de amar a Deus e de servir a outros.”
Por que construímos templos? Por mais belos que sejam os templos, “o foco dos templos não são os edifícios em si. Um templo é um testamento da imortalidade da alma humana”, disse Élder Bednar. “Construímos templos para disponibilizar bênçãos significativas aos membros de nossa Igreja e às comunidades onde esses templos são construídos. E através das coisas que aprendemos sobre Deus e Jesus Cristo, e as promessas que fazemos de amar e servir, nosso coração se volta de nós próprios para Deus, e é transformado.”

Da esquerda para a direita: Irmã Reyna Aburto, segunda conselheira na presidência geral da Sociedade de Socorro; o governador de Maryland, Larry Hogan; Anne Golightly, diretora de comunicações da visitação pública do Templo de Washington D.C.; Élder David A. Bednar, membro do Quórum dos Doze Apóstolos; Rev. Amos Brown da Terceira Igreja Batista de São Francisco; Élder Gerrit W. Gong, membro do Quórum dos Doze Apóstolos; e irmã Sharon Eubank, primeira conselheira na presidência geral da Sociedade de Socorro, são fotografados em uma coletiva de imprensa no templo, em Kensington, Maryland, na segunda-feira, 18 de abril de 2022.
Crédito: Jeffrey D. Allred, Deseret News
Líderes comunitários
O governador de Maryland, Larry Hogan, disse estar grato por participar da “maravilhosa celebração de fé, comunidade e companheirismo.”
O governador acrescentou: “Desde 1974, este templo incrível, com suas belas torres imponentes, tem sido um marco icônico no horizonte de Maryland, ao longo do anel rodoviário da capital dos Estados Unidos, e tem sido um farol de esperança para os mais de 40.000 moradores de Maryland que são membros desta Igreja.”
Ele disse que em 2015, o estado de Maryland se comprometeu a trabalhar com a Igreja para promover o serviço de voluntários. Esses esforços, acrescentou ele, se expandiram para uma nova iniciativa do ServirAgora no ano passado. “Ao trabalharmos em conjunto com a Igreja, aproveitamos a compaixão e a generosidade do povo de Maryland.”

A irmã Reyna Aburto, segunda conselheira na presidência geral da Sociedade de Socorro, fala durante uma coletiva de imprensa no Templo de Washington D.C. em Kensington, Maryland, na segunda-feira, 18 de abril de 2022.
Crédito: Jeffrey D. Allred, Deseret News
Uma jornada especial
A irmã Aburto falou sobre a necessidade de se ter uma recomendação antes de entrar no templo.
“Só para deixar claro,” ela explicou, “não é que queremos manter as pessoas fora. É só que é preciso uma jornada especial para estar aqui. E esta é uma jornada de mudança, uma jornada de devoção e de amor.”
O templo também passou por uma jornada de mudança. “Nosso templo foi reformado e renovado, e a estrutura foi reforçada”, disse ela.
Veja fotos do interior do Templo de Washington D.C.
Esta é uma metáfora para representar a crença da Igreja na mudança, acrescentou. “Acreditamos que as pessoas também podem ser renovadas, que nosso coração pode mudar, à medida que dedicamos nossa vida a amar e servir aos outros.”
A irmã Aburto disse que a Igreja dá as boas-vindas a todos no templo. “Damos as boas-vindas a todos vocês que vieram porque têm perguntas ou dúvidas. Também damos as boas-vindas a todos vocês que estão aqui porque sabem que ainda há paz em um mundo conturbado.”

Rev. Amos Brown, da Terceira Igreja Batista de São Francisco, fala durante uma coletiva de imprensa no Templo de Washington D.C. em Kensington, Maryland, na segunda-feira, 18 de abril de 2022.
Crédito: Jeffrey D. Allred, Deseret News
‘Agradeçamos a Deus’
O Rev. Amos Brown [em inglês] disse que está “orgulhoso como um pavão, feliz como uma hiena e eufórico como um elefante” por participar do evento com a imprensa durante a casa aberta do templo.
“Na verdade, é um templo magnífico e lindo”, disse ele. “É um testemunho para os arquitetos, artesãos e trabalhadores, cujas mãos o construíram há cerca de 50 anos, e para aqueles cujas mãos restauraram sua beleza.”
No entanto, a verdadeira beleza de um templo não está no que você pode ver, disse ele. “Está no que você não pode ver, no coração daqueles que vão adorar aqui e receber bênçãos.”
Nos santos dos últimos dias, disse o Rev. Brown, Deus encontrou uma comunidade de fé.
“Em nosso mundo hoje, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias ouviu a palavra de Deus registrada em Isaías e disse: ‘Eis-me aqui.'”
O Rev. Brown encerrou seu discurso pedindo aos participantes do evento com a imprensa que “louvassem a Deus e agradecessem a Deus por este templo.”
Mais importante, acrescentou, “agradeçamos a Deus pelas pessoas que têm em seu coração o amor de Jesus.”

A irmã Sharon Eubank, da presidência geral da Sociedade de Socorro, é entrevistada durante uma coletiva de imprensa no Templo de Washington D.C. em Kensington, Maryland, na segunda-feira, 18 de abril de 2022.
Crédito: Jeffrey D. Allred, Deseret News
Espalhar paz
A irmã Eubank, da presidência geral da Sociedade de Socorro, disse que o trabalho do templo é “o trabalho de Deus feito por pessoas que querem espalhar a paz.”
Sendo também a diretora dos Serviços de Caridade dos Santos dos Últimos, a irmã Eubank disse que visitou lugares no mundo que não estão em paz. “Eles precisam de muito”, acrescentou. “Parte disso pode ser feito com doações. Mas a maior parte precisa ser feita através da maneira pela qual as pessoas podem mudar seu coração para sentirem que somos verdadeiramente irmãos e irmãs através da paternidade de Deus, e que podemos tratar uns aos outros de forma diferente.”
“Mesmo que discordemos sobre muitas coisas, ainda podemos ter essa dignidade eterna de que somos literalmente irmãos e irmãs, e o templo é o monumento disso. …. É o coração das pessoas que mudam, que faz a diferença.”
Leia mais: Como a casa aberta do Templo de Washington D.C. inspirou visitas a eventos e lugares sagrados de outras religiões
Batchlor Wise Johnson IV, um estudante da BYU, disse que estava entusiasmado por participar do dia com a imprensa. Ele disse que, embora seja difícil articular, as preocupações do mundo desaparecem quando ele entra no templo. “Nada é feito [no templo] por acaso”, disse ele.
Ele planeja compartilhar nas redes sociais sobre a santidade do templo e seu testemunho do trabalho realizado lá.

O ex-jogador de futebol da BYU, Batchlor Johnson IV, é entrevistado no Centro de Visitantes do Templo de Washington D.C. em Kensington, Maryland, na segunda-feira, 18 de abril de 2022.
Crédito: Jeffrey D. Allred, Deseret News
Kisha Sogunro, diretora assistente de comunicação da Igreja na Área América do Norte Nordeste, disse que também espera que as pessoas “venham e vejam, venham e desfrutem” do templo.
“Venham e aprendam as coisas que o templo pode oferecer e venham sentir a paz e o amor de Deus. Essa é a qualidade única que une todos no templo: sentir o amor de Deus e paz.”
Um lugar sagrado de paz
Élder Gong disse que, para ele, passar algum tempo no terreno do templo é como voltar para casa. Sua família viveu na área por 20 anos, disse ele. “Eu chegava e saía do trabalho e ouvia os relatórios no rádio que informavam a situação do trânsito perto do Templo de Washington D.C. Hoje deixamos a hora do rush para trás e chegamos a um lugar de paz.”
Élder Gong convidou todos a perguntarem a seus vizinhos e amigos, seus colegas de trabalho e outras pessoas que eles conhecem, sobre o Templo de Washington D.C.

Élder Gerrit W. Gong, do Quórum dos Doze Apóstolos de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, fala durante uma coletiva de imprensa no Templo de Washington D.C. em Kensington, Maryland, na segunda-feira, 18 de abril de 2022.
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“Ouçam enquanto eles falam sobre a conexão, comunidade, comunhão, compaixão, aliança e Jesus Cristo”, disse ele.
O mundo de hoje é agitado, barulhento e muitas vezes polarizado, acrescentou Élder Gong. “No entanto, Deus oferece a cada um de nós um lugar sagrado de paz, cura e propósito, onde podemos nos conectar com os céus, onde podemos nos conectar uns com os outros, e onde podemos nos conectar com nosso verdadeiro e nobre eu.”
A visitação pública do templo será de 28 de abril a 11 de junho de 2022. Informações sobre ingressos para a visitação pública estão disponíveis em D.C.temple.org.

Templo de Washington D.C. em Kensington, Maryland, na segunda-feira, 18 de abril de 2022.
Crédito: Jeffrey D. Allred, Deseret News