Pioneiros em todas as terras: Pioneiros no México desde 1846
O crescimento da Igreja no México estava longe de ser uma certeza, e começou de forma inesperada para uma família, agora em sua sétima geração de membros da Igreja

Leonila Rivera e Amado Rojas posam para uma foto.
Familia Rojas
Pioneiros em todas as terras: Pioneiros no México desde 1846
O crescimento da Igreja no México estava longe de ser uma certeza, e começou de forma inesperada para uma família, agora em sua sétima geração de membros da Igreja

Leonila Rivera e Amado Rojas posam para uma foto.
Familia Rojas
Nota do editor: Este mês marca o 175º aniversário da chegada da primeira companhia de pioneiros ao Vale do Lago Salgado em julho de 1847, após santos dos últimos dias terem sido expulsos por turbas da região de Nauvoo, Illinois, no ano anterior. Durante este mês, o Church News está homenageando os feitos dos pioneiros que cruzaram as planícies há 175 anos, bem como os dos santos dos últimos dias pioneiros de diversas épocas em todos os continentes. Hoje: Amado Rojas, do México..
O México foi o primeiro país fora dos Estados Unidos a alcançar 1 milhão de membros [em inglês] de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. O país possui mais templos (13) do que qualquer outro fora dos Estados Unidos. Ele foi o primeiro país de língua espanhola a ter um templo (1983) e o segundo na América Latina após o Templo São Paulo Brasil (1978).

Templo da Cidade do México
Deseret News
O crescimento da Igreja no México tem sido constante por 176 anos [em inglês]. Contudo, esse crescimento estava longe de ser uma certeza e começou de forma inesperada para uma família, agora em sua sétima geração de membros da Igreja.
“Havia muitas outras igrejas na minha vizinhança durante minha infância e juventude”, disse Amado Rojas enquanto dirigia pela rodovia próxima à cidade de Tecalco, México, décadas mais tarde. “E com as críticas dos membros dessas igrejas veio o desejo de aprender sobre o evangelho e encontrar a verdade.”
A cidade, que já era pequena na época, continua a ter apenas cerca de 6 mil habitantes. Situada cinco horas a nordeste da Cidade do México nas estradas de hoje, a viagem teria levado muito mais tempo em 1946 quando o oitavo presidente da Igreja, George Albert Smith, visitou a família Rojas enquanto estava no México para uma conferência especial.
“Meu pai faleceu quando eu tinha 1 ano e meio de idade”, disse Rojas. “Portanto, minha mãe se tornou uma viúva com seis filhos para cuidar: quatro meninos e duas meninas.”
Sua mãe, Fidencia García de Rojas, foi batizada em 1901 com seus pais e avós. Com o apoio de outros parentes na Cidade do México, ela criou seus filhos no evangelho da melhor maneira que pôde.
Amado Rojas, agora com 73 anos de idade, fala dessa visita de um profeta com grande reverência e gratidão. Ele disse que sabia que sua mãe havia se sacrificado e agido com fé ao longo de sua vida, independentemente dos desafios enfrentados por sua família.
Ele é grato pelos desafios que sua família enfrentou e sabe que outras famílias tiveram que superar suas próprias dificuldades, conforme a Igreja crescia no México.
Chamados para o trabalho
“Meus dois irmãos mais velhos se mudaram para a Cidade do México a fim de viverem com parentes por alguns anos”, disse ele. “Eu também fui para lá, para morar com a minha tia, quando terminei o ensino médio.”
Seus parentes na Cidade do México também eram membros da Igreja, e eles o motivaram a servir uma missão de tempo integral.
“Minha tia me apresentou aos missionários e mandou que eu saísse com eles”, disse ele. “Ela me mostrou o que eles faziam como missionários.”
“O que obtive ao estudar, servir e viver de acordo com a orientação do Senhor e do Espírito? Essas coisas fortaleceram meu testemunho.” — Amado Rojas
Os esforços de sua tia fizeram com que Amado Rojas enviasse os papéis para missão pouco tempo depois. Seu entusiasmo para servir foi posto à prova quando meses se passaram sem que ele recebesse o chamado missionário. Já que não havia recebido um chamado para servir como missionário, ele decidiu cursar à faculdade.
“Mas fui rejeitado pela universidade porque eles não aceitaram meu diploma de ensino médio, o qual havia sido emitido por uma escola de uma cidade muito pequena”, disse ele.
Sem chamado missionário e sem poder iniciar o curso universitário, ele voltou da Cidade do México para Tecalco triste e com muitas perguntas.
“Eu queria desenvolver um testemunho maior da Igreja e do Salvador.” Eu tinha grandes aspirações”, disse ele, relembrando os desafios daquela época.
“Eu poderia ter culpado outras pessoas pelo extravio dos meus papéis e simplesmente determinado que servir uma missão não era para mim, mas eu tinha que servir.”
O presidente da missão ouviu sobre a situação e se ofereceu para ajudar a monitorar o andamento dos papéis da missão, se Amado Rojas ainda quisesse servir. Sua resposta foi imediatamente afirmativa, e ele recebeu um chamado para servir na Missão da Cidade do México.
“O que obtive ao estudar, servir e viver de acordo com a orientação do Senhor e do Espírito? Essas coisas fortaleceram meu testemunho”, disse Rojas.
‘Um sonho que se tornou realidade’
Após sua missão, seus presidentes de missão (ele teve dois) o encorajaram a se candidatar para a Universidade Brigham Young.
“Passar de morador de uma pequena cidade no México para estudante na BYU, nos Estados Unidos, foi um sonho que se tornou realidade”, disse ele.
Outro sonho foi realizado quando ele se casou com Leonila Rivera. Os dois se casaram civilmente no México e foram selados em Salt Lake City, quase uma semana depois.
Eles viveram no México e criaram seus sete filhos na Igreja, antes de aceitarem três oportunidades missionárias como casal.
Três missões distintas, um propósito divino
Em 1998, Rojas foi chamado para servir como presidente de missão em Culiacán, México. Ele e sua esposa amaram as pessoas da região e os missionários que serviram com eles.
Essa foi a primeira de três missões que o casal serviu até agora.
Eles serviram em Lima, Peru, como parte da Área América do Sul Noroeste da Igreja. Entre os muitos papéis que desempenharam durante esta designação, um que eles amaram foi ajudar os jovens missionários a organizarem visitações públicas nas capelas da Igreja. Ele também serviu como conselheiro na presidência do Centro de Treinamento Missionário do Peru durante aquele tempo.
Rojas disse que foi gratificante ver membros de sua família aceitarem chamados missionários e servirem em diversos cargos ao longo dos anos. Durante o período em que ele e sua esposa serviram em Lima, eles foram dois dos sete missionários de sua família que estavam servindo simultaneamente.
“Missões”, disse ele emocionado. “Somos uma família que serve missões. E queremos que [os membros de nossa família] tenham um testemunho do Salvador e demonstrem isso por meio de suas ações.”
Por fim, sua terceira missão os levou ao Paraguai como auditores da área. No entanto, seu serviço foi interrompido quando os missionários tiveram que retornar a seus lares por causa da pandemia de COVID-19.

Amado Rojas e Leonila Rivera rodeados pela maioria de seus filhos e netos
Família Rojas
Todo serviço imita o Salvador
Servir missões, cumprir chamados e ver o testemunho de filhos e netos crescer proporcionou aos Rojas muitas oportunidades de fortalecerem seus próprios testemunhos do Salvador.
“Pensar em Seu sofrimento sempre me motivou a continuar seguindo em frente”, disse Rojas.
Portanto, seguir em frente é o que a família Rojas fará. Ele disse que está aprendendo muito com o seu mais recente chamado, conforme confere bênçãos patriarcais aos membros da Igreja em sua estaca em Provo, Utah. Ele confere essas bênçãos em espanhol e inglês.
“O que for melhor para aquela pessoa que esteja recebendo a bênção”, disse ele. “Eu quero que eles entendam tudo o que é dito. O Senhor quer que eles entendam tudo o que é dito."