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O papel da arte, música e fé na celebração do Mês da História Negra na BYU

O propósito de todos os eventos e atividades é ajudar os alunos a saberem e compreenderem “que somos todos filhos de Deus”, diz Carl Hernandez, vice-presidente da BYU

Alunos assistem a uma palestra patrocinada pelo Escritório de Inclusão da BYU sobre o tema “Um legado de fé: Conectados uns aos outros por meio da família de Deus”, no dia 8 de fevereiro de 2023, em homenagem ao Mês da História Negra. 

Alunos assistem a uma palestra patrocinada pelo Escritório de Inclusão da BYU sobre o tema “Um legado de fé: Conectados uns aos outros por meio da família de Deus”, no dia 8 de fevereiro de 2023, em homenagem ao Mês da História Negra.

Brooklynn Kelson, BYU Photo


O papel da arte, música e fé na celebração do Mês da História Negra na BYU

O propósito de todos os eventos e atividades é ajudar os alunos a saberem e compreenderem “que somos todos filhos de Deus”, diz Carl Hernandez, vice-presidente da BYU

Alunos assistem a uma palestra patrocinada pelo Escritório de Inclusão da BYU sobre o tema “Um legado de fé: Conectados uns aos outros por meio da família de Deus”, no dia 8 de fevereiro de 2023, em homenagem ao Mês da História Negra. 

Alunos assistem a uma palestra patrocinada pelo Escritório de Inclusão da BYU sobre o tema “Um legado de fé: Conectados uns aos outros por meio da família de Deus”, no dia 8 de fevereiro de 2023, em homenagem ao Mês da História Negra.

Brooklynn Kelson, BYU Photo

Susan Gray Reed Leggroan nasceu sob a escravidão no Mississippi, mas faleceu membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias em Idaho Falls, Idaho.

Sua história inclui viuvez e novo casamento, emancipação e pioneirismo em condições adversas de fronteira, o nascimento de 13 filhos e a morte precoce de cinco deles, sua conversão ao evangelho de Jesus Cristo e o amor e respeito de sua posteridade e comunidade.

Susan Gray Reed Leggroan é apenas uma de muitos santos dos últimos dias negros destacados em uma galeria fora do Escritório de Inclusão da Universidade Brigham Young, e a galeria é apenas uma das muitas atividades, eventos e homenagens que a BYU patrocinou em fevereiro em homenagem ao Mês da História Negra.

Ned e Susan Leggroan, santos dos últimos dias pioneiros negros, foram batizados em Utah em 1873.

Ned e Susan Leggroan, santos dos últimos dias pioneiros negros, foram batizados em Utah em 1873.

Biblioteca J. Willard Marriott, exposição “Século de Mórmons Negros”

‘Conectados uns com os outros’

Nos Estados Unidos, fevereiro é designado como o Mês da História Negra, que homenageia os triunfos e as dificuldades dos afro-americanos ao longo da história do país.

O Escritório de Inclusão centrou suas iniciativas de comemoração para o mês, no tema “Um legado de fé: Conectados uns aos outros por meio da família de Deus.” 

O tema foi inspirado na exposição “Século de Mórmons Negros” [em inglês] da Biblioteca J. Willard Marriott, que inclui resumos biográficos de indivíduos de ascendência negra, batizados na Igreja entre 1830 e 1930.

O Escritório de Inclusão usa métodos centrados no evangelho em suas iniciativas para criar uma comunidade de inclusão, disse Carl Hernandez, vice-presidente de inclusão da BYU. Portanto, focar nos triunfos, na fé e nas dificuldades dos santos dos últimos dias negros foi um passo natural. “Compartilhar histórias sobre santos dos últimos dias negros que se reuniram, serviram, se sacrificaram e permaneceram fiéis ao evangelho de Jesus Cristo, inspira nossos alunos e ajuda a aumentar sua fé em Jesus Cristo”, disse ele.

De forma mais ampla, todos os eventos e atividades patrocinados pelo Escritório de Inclusão durante o mês, tiveram como objetivo ajudar os alunos a saberem e compreenderem “que somos todos filhos de Deus, e que nossa fé em Jesus Cristo aumenta, conforme compartilhamos histórias pessoais e da família”, disse Hernandez.

Conectando a família humana

Alunos visitam uma galeria com imagens de santos dos últimos dias negros, exibida fora do Escritório de Inclusão, no Wilkinson Center, no campus da BYU, em Provo, Utah. A galeria é uma das muitas maneiras pelas quais a BYU comemorou o Mês da História Negra em fevereiro de 2023.

Alunos visitam uma galeria com imagens de santos dos últimos dias negros, exibida fora do Escritório de Inclusão, no Wilkinson Center, no campus da BYU, em Provo, Utah. A galeria é uma das muitas maneiras pelas quais a BYU comemorou o Mês da História Negra em fevereiro de 2023.

Christi Norris. BYU

No dia 15 de fevereiro, o Escritório de Inclusão organizou sua exibição, em estilo de galeria, de 20 santos dos últimos dias negros do banco de dados do “Século de Mórmons Negros”. A galeria exibiu fotos e incluiu um pequeno cartaz ao lado de cada um deles, com um resumo da vida e da fé da pessoa. 

A galeria apresentou figuras mais conhecidas, como Green Flake e Jane Manning James, bem como indivíduos menos conhecidos, como Leggroan e Elijah Able, que se filiaram à Igreja em 1832 e serviram três missões de proselitismo.

Carl Hernandez III, vice-presidente de Inclusão, e Lita Little Giddins, vice-presidente associada de Inclusão, visitam uma galeria com 20 fotos de santos dos últimos dias negros, exibida fora do Escritório de Inclusão, no Wilkinson Center, em homenagem ao Mês da História Negra.

Carl Hernandez III, vice-presidente de Inclusão, e Lita Little Giddins, vice-presidente associada de Inclusão, visitam uma galeria com 20 fotos de santos dos últimos dias negros, exibida fora do Escritório de Inclusão, no Wilkinson Center, em homenagem ao Mês da História Negra.

Christi Norris, BYU

Além disso, o Laboratório de Vinculação de Registros da BYU [em inglês] encontrou cada um desses indivíduos na Árvore Familiar e criou um grupo no recurso “Relative Finder” para eles. Isso permitiu que as pessoas que visitavam a galeria escaneassem um código QR e descobrissem se tinham algum parentesco com membros pioneiros negros que estavam sendo homenageados.

“Foi uma ótima maneira de tornar a conexão com a galeria mais pessoal e ligá-la à história da família, que é um elemento importante de nossos objetivos e metas no Escritório de Inclusão”, explicou Shana Clemence, que trabalha no escritório do vice-presidente de inclusão.

Algumas das informações usadas na galeria também vieram do Laboratório de Vinculação de Registros. O laboratório desenvolveu um recurso, que vincula famílias e indivíduos em todos os registros e combina os esforços do FamilySearch, alunos da BYU e pesquisadores acadêmicos, explicou Clemence. O recurso automatizado adicionou mais de 6 milhões de afro-americanos à Árvore Familiar, utilizando dados dos censos de 1900 e 1910 dos Estados Unidos.

Joe Price, ao centro, diretor do Laboratório de Vinculação de Registros da BYU, e alunos posam para uma foto no Laboratório de Vinculação de Registros da BYU. Eles trabalham para expandir a árvore genealógica do FamilySearch por meio da anexação de registros, do desenvolvimento da tecnologia de indexação automática e de outros projetos.

Joe Price, ao centro, diretor do Laboratório de Vinculação de Registros da BYU, e alunos posam para uma foto no Laboratório de Vinculação de Registros da BYU. Eles trabalham para expandir a árvore genealógica do FamilySearch por meio da anexação de registros, do desenvolvimento da tecnologia de indexação automática e de outros projetos.

Fornecida por Joe Price

Cerca de 7.000 voluntários ajudaram a anexar registros adicionais do censo e expandir a cobertura para famílias afro-americanas com filhos, disse Joseph Price, diretor do Laboratório de Vinculação de Registros. Devido a seus esforços, a taxa de cobertura para essas famílias no censo de 1910, passou de 5% para 99,8%. “Este tem sido um dos projetos mais significativos em que trabalhei”, disse Price. 

A maioria dos comentários sobre a galeria expressaram “respeito e um desejo de aprender sobre estes santos incríveis”, disse Clemence.

Em breve, a galeria será transferida para o Edifício Joseph Smith, onde terá uma residência permanente, com a possibilidade de expansão.

‘Um legado de fé’

Em 8 de fevereiro, o Escritório de Inclusão organizou uma palestra com Lita Little Giddins, a nova vice-presidente associada de inclusão, e Whitney Johnson, diretora atlética associada, que abordou o tema “Um legado de fé: Conectados uns aos outros por meio da família de Deus”.

Johnson relatou seu sentimento de conexão com Esther Jane “Nettie” Scott Kirchhoff, uma santo dos últimos dias negra, que foi batizada em setembro de 1898 com seu marido, o imigrante alemão Richard Kirchhoff. 

Whitney Johnson, diretora atlética associada da BYU, discursa durante uma palestra patrocinada pelo Escritório de Inclusão, sobre o tema “Um legado de fé: Conectados uns aos outros por meio da família de Deus”, no dia 8 de fevereiro de 2023.

Whitney Johnson, diretora atlética associada da BYU, discursa durante uma palestra patrocinada pelo Escritório de Inclusão, sobre o tema “Um legado de fé: Conectados uns aos outros por meio da família de Deus”, no dia 8 de fevereiro de 2023.

Brooklynn Kelson, BYU Photo

Em alguns censos, Nettie é descrita como “branca”, embora ela tenha sido registrada como “negra” no censo de 1905, e como “mulata” no censo de 1910, assim como seus três filhos.

“Quando penso em Nettie, desde o momento em que li sua história pela primeira vez, imagino o que ela teve que suportar ao longo da vida”, disse Johnson. “Será que ela era um tanto como eu — filha de um casal inter-racial, sempre presa entre duas culturas e dois estereótipos?”

Nettie continuou sendo uma força estabilizadora e um pilar de fé ao longo de sua vida, apesar de todos os seus desafios, compartilhou Johnson. Como? “Nettie sabia que Deus a amava. Ela amava a Deus e ao próximo, e isso lhe bastava.”

Aqueles que estão dispostos a permitir que a esperança e o amor sejam sua força orientadora, descobrirão que também podem ser forças estabilizadoras e pilares de luz, disse Johnson.

Lita Little Giddins, vice-presidente associada de inclusão da BYU, discursa durante uma palestra patrocinada pelo Escritório de Inclusão, em homenagem ao Mês da História Negra, sobre o tema “Um legado de fé: Conectados uns aos outros por meio da família de Deus”, no dia 8 de fevereiro de 2023.

Lita Little Giddins, vice-presidente associada de inclusão da BYU, discursa durante uma palestra patrocinada pelo Escritório de Inclusão, em homenagem ao Mês da História Negra, sobre o tema “Um legado de fé: Conectados uns aos outros por meio da família de Deus”, no dia 8 de fevereiro de 2023.

Brooklynn Kelson, BYU Photo

Jane Manning James foi uma pioneira santo dos últimos dias negra ,“cuja história e espírito adotei desde o momento em que aprendi sobre ela”, disse Little Giddins, que iniciou seu cargo de vice-presidente associada no dia de seu discurso. 

James, carinhosamente conhecida como “tia Jane”, caminhou cerca de 645 km até Nauvoo, Illinois, e morou com Joseph Smith e sua família por um tempo. Ela viajou com a família para Utah e estava entre os primeiros pioneiros que chegaram ao Vale do Lago Salgado em 1847.

James era firme em seu amor pelo Profeta Joseph Smith e por Emma, pelo templo e pelo Senhor. “Ela nos deixou um legado de fé inabalável”, disse Little Giddins.

Entrelaçando algumas de suas próprias experiências de vida com as da “irmã Jane”, Little Giddins expressou seu desejo sincero de que “os diversos legados de fé em nosso Salvador, entre nossos irmãos e irmãs pioneiros negros e entre nós, nos aproximem de uma Sião de inclusão: uma comunidade na qual valorizamos e aceitamos uns aos outros, e na qual não só sabemos quais são as palavras da Declaração de Inclusão, mas as assimilamos e nos tornamos vasos humanos dos princípios de inclusão, definindo e redefinindo a maneira como pensamos e como interagimos e tratamos uns aos outros.”

Alcance nas redes sociais

Ao longo de fevereiro, a conta do Instagram do Escritório de Inclusão [em inglês] também apresentou vários ex-alunos e estudantes negros da BYU respondendo às perguntas: “Como sua experiência na BYU o preparou para servir mundo afora? O que você trouxe de sua própria experiência de vida para fortalecer a fé de outras pessoas na BYU?”

Por exemplo, Derwin “Dewey” Gray compartilha, em uma história no Instagram, como jogou futebol americano pela BYU de 1989 a 1992, e agora é um pastor da Igreja da Transformação. Ele explicou como frequentar uma universidade santo dos últimos dias, como a BYU, sendo afro-americano sem uma base religiosa, foi algo incomum. “Para mim, essa experiência me ensinou como me dar bem com outras pessoas e como ter curiosidade sobre o que outros indivíduos acreditam, incluindo o motivo pelo qual possuem tais crenças. A experiência na BYU me ensinou sobre trabalhar com afinco e servir.”

A conta do Escritório de Inclusão da BYU no Instagram mostra Derwin Gray discursando sobre o tempo que passou na BYU, de 1989 a 1992.

A conta do Escritório de Inclusão da BYU no Instagram mostra Derwin Gray discursando sobre o tempo que passou na BYU, de 1989 a 1992.

Captura de tela do Instagram

Agora, como teólogo do Novo Testamento, estudioso e pastor, Gray disse que pode retribuir à BYU, ao oferecer outra perspectiva. “Consigo construir pontes para que possamos ter conversas e trocas de ideias mútuas.

Outros colaboradores incluíram Zion Smiley, que está cursando o segundo ano de mestrado na Marriott School of Business; Marsha Baird, ex-aluna da BYU e atual atleta olímpica de atletismo; Dr. Robert Foster, que atuou como presidente da Associação Estudantil da BYU; e Jamal Willis, ex-aluno da BYU e jogador da NFL, e atual diretor assistente de serviços para estudantes multiculturais da BYU.

As atuais estudantes da BYU, Jozi Budenbender e Issa McKnight, também compartilharam, na conta do Instagram da BYU [em inglês], como encontraram um senso de inclusão na universidade. Para Budenbender, a participação em atividades no campus a ajudou a encontrar um senso de inclusão. McKnight, por outro lado, compartilhou que sente um senso de inclusão por meio de sua área de especialização e ao encontrar mentores.

Mini-concertos na biblioteca

Myrna Layton, bibliotecária de artes cênicas da Biblioteca Harold B. Lee da BYU, acredita profundamente no poder da música. 

A música tem sido um veículo de expressão para os negros, e seus ritmos e melodias constituem o alicerce da música norte-americana, explicou ela. “Jazz, blues, ragtime e rock and roll — esses estilos musicais não existiriam sem as contribuições de compositores negros.”

Com isso em mente, Layton e seu colega bibliotecário, Brian Champion, trabalharam juntos para criar uma série de concertos, com músicas de compositores negros, para o Mês da História Negra. 

De 2016 a 2020, eles patrocinaram de três a quatro concertos em cada mês de fevereiro. “Deixamos de realizar concertos em 2021 e 2022 por causa da pandemia, e retornamos este ano sem Brian Champion, que agora está aposentado”, disse Layton.

Uma banda toca blues durante um miniconcerto no dia 7 de fevereiro de 2018, na Biblioteca Harold B. Lee, na BYU, em homenagem ao Mês da História Negra. A banda é formada por Jeff Turley, pianista; Erik Larson, baixista; Rex Wilkins, baterista; e Samuel López e Brian Price, guitarristas.

Uma banda toca blues durante um miniconcerto no dia 7 de fevereiro de 2018, na Biblioteca Harold B. Lee, na BYU, em homenagem ao Mês da História Negra. A banda é formada por Jeff Turley, pianista; Erik Larson, baixista; Rex Wilkins, baterista; e Samuel López e Brian Price, guitarristas.

Roger Layton

Os concertos são geralmente realizados às quartas-feiras, ao meio-dia, no auditório da biblioteca. Sempre que possível, os organizadores bibliotecários convidam alunos ou funcionários afro-americanos a se apresentarem. Ao longo dos anos, eles têm tocado músicas de artistas negros como Louis Armstrong, Duke Ellington, Erroll Garner ou as rainhas do soul. Outros concertos têm sido dedicados ao seguintes gêneros musicais: blues, ragtime, gospel e jazz clássico, latino ou brasileiro.

“[A música] está profundamente conectada a tudo o que sentimos e somos. É como armazenamos nossas recordações, como fazemos conexões e como vivenciamos e expressamos nosso relacionamento com Deus. Acho que isso se aplica a pessoas de diferentes países, raças e experiências de vida”, disse Layton.

“Portanto, como a música não seria importante para o Mês da História Negra?”

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